Katherine Anne Porter

Katherine Anne Porter (1890-1980) teve por berço o Texas rural e patriarcal, a sufocante pobreza do pós-guerra civil, e o seu percurso até à consagração foi tirado a ferros. A sua vontade indómita e um talento invulgar para a escrita levaram-na, como repórter de jornais locais, da boémia Greenwich Village ao México revolucionário, nos anos 20, e à Europa, na década de 30, após quase ter sucumbido à gripe espanhola. Exímia na arte do conto, foi uma das primeiras autoras modernas americanas a abordar literariamente o racismo e o machismo sulista, em histórias que revelam um profundo entendimento da psicologia humana e da violência, elegendo como temas os conflitos entre a liberdade e o conformismo, a intimidade e a independência. Teve uma enorme influência libertadora nas escritoras sulistas que se seguiram e a sua voz depurada ecoa em Eudora Welty e Flannery O’Connor. Famosa pelo romance A Nave dos Loucos, ganhou em 1966 o Prémio Pulitzer pelo conjunto dos seus contos.

 




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